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12 de maio de 2009

dores de cabeça e falta de apetite

Já a algum tempo que não colocava cá um post mas há explicação para tal. A verdade é que perdi a magia que tinha em relação ao curso de arquitectura, pelo menos no estabelecimento de ensino onde estou. Sempre imaginei que este semestre pudesse correr melhor que o primeiro, no entanto aconteceram muitos “azares” que me atrasaram. Ainda está no meu pensamento a cadeira de desenho V, que pela 4ª vez não consegui ter positiva… Sem esta cadeira não tenho a licenciatura, como tal não tenho o 1º ciclo feito, por isso é me difícil transferir-me para uma escola pública, onde iria pagar muito menos propina. No ano passado fiquei em 4º lugar nas vagas da FCTUC, tinha o maior nº de créditos e uma média de 14,5 valores. Como só havia 2 vagas fiquei na mesma. Ser bom aluno numa privada não adianta nada. Tirar um curso numa privada é bastante caro e além disso estamos sujeitos a “vontades maiores”. Cada vez é mais difícil avançar no curso, não por sentir dificuldades académicas mas por sentir muitos entraves para além do económico. É por isso que sinto uma dor de cabeça permanente, uma vez que vejo o meu sonho de ser arquitecto cada vez mais longe.

Já passou o tempo em que todos os dias tinha um brainstorm, em que as dificuldades de ontem se resolviam hoje. Agora tudo demora demasiado tempo e de certa maneira a culpa é minha, aliás é só minha. Esta falta de concentração faz-me perder a paixão de algo que, supostamente, será o meu futuro. Quanto mais planeio o futuro mais me afasto dele. Agora não sei o que fazer… Faço Erasmus para a Alemanha, terra do meu grande amigo Hans Siedel, ou candidato-me outra vez para a FCTUC ou para a UBI. Na Alemanha fazia a cadeira de desenho com uma perna às costas! Acredito que um curso numa escola pública para além de ser mais barato será mais fácil de entender e seguir o plano de estudos. Pois, porque na EUVG é raro saber o que se dá nas disciplinas, há muito complacência na atribuição das matérias, andamos a boiar sem saber o que fazer. É comum após 2 meses do início das aulas não saber o que vamos dar nem que bibliografia consultar, atenção nem todas as cadeiras funcionam assim!

É nestas alturas, em que me sinto menos capaz, que me ponho a pensar como é incrível ter sido o único caloiro do meu ano em arquitectura na EUVG e como é que tive professores só para mim. No início estranhei muito, perguntava-me sempre: onde estão os meus colegas? Este é o meu 4º ano e até agora nunca tive em turmas com 20 alunos do meu próprio ano… sinto falta do secundário… Como será possível manter este curso na EUVG?

Sinceramente, vejo muito difícil entrar no mundo do ensino público. A avaliação feita em escolas privadas como a EUVG, que só as conhece quem estuda lá, é geralmente menos prezada. Por causa da desorganização dos planos de estudos e da falta de credibilidade avaliativa que penso que dificilmente irei conseguir transferir-me. Pelo que digo, até parece que não gosto de estudar lá… mas a verdade é que gosto, embora tenha alguns “azares” que me levam a outros pensamentos.

Agora um a parte: quero afirmar que este blog irá continuar a viver da arquitectura, talvez com outra vida ou outra filosofia, mostrando o que sou, quem sou e o que faço. Deixará de ser um meio de comunicação especifico com os meus professores de Atelier VIII mas um meio de mostrar-me ao mundo. As ausências de posts vão ser certamente mais curtas, ao menos vou fazer por isso.

1 comentário:

  1. Meu Caro,

    Welcome Back!
    Em relação ao teu post, tens, de facto, em muita coisa, razão. Em alguma não terás tanta. E uma, pelo menos, uma onde não tens razão nenhuma: a magia é coisa que já não se perde. É como andar de bicicleta.

    Um dia destes iremos concerteza cruzar argumentos.

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