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5 de dezembro de 2009

Ultimatum futurista às gerações Portuguesas do séc. XXI

Eu, com o tudo e o nada que a minha experiência de vida vale, venho acordá-los do vosso pesado pesadelo para se darem conta do pesadelo de estar acordado.
Muitos se queixam dos tempos difíceis, toda a gente fala disso, mas contam-se pelos dedos quem realmente impulsiona a mudança. Estão todos formatados para aceitar o tradicional, o confortável, mas vendo bem, o tradicional acaba por se tornar aborrecido, monótono. A tradição aparece na forma de mãe galinha, que exige um determinado rumo para as nossas vidas, pensando ela, que é o rumo melhor a seguir.
Portugal, a meu ver, é um país medíocre, sempre à sombra da bananeira, à beira mar plantado. Está sem dúvida à beira do colapso cultural (se é que isso já não aconteceu…). Almada Negreiros afirma que Portugal é um país de analfabetos, pois eu digo que é um país de Homens-bebés que nem sequer sabem andar ou falar. (Mas quem sou eu para dizer seja o que for?) O engraçado nisto tudo é que a culpa nunca é nossa, é sempre dos outros. Pior que o burro é aquele que não quer aprender! Portugal não sabe ser país, nem pátria, nem sequer território.
Nem tudo foi mau, relembro-vos (mas nem era preciso) o tempo áureo do nosso país, o dos Descobrimentos. É claro que essas tamanhas descobertas não foram fruto do acaso, ou um golpe de sorte. Foi preciso coragem e destreza para navegar o atlântico à busca do desconhecido. Mas já há quem diga que as ilhas (Madeira e Açores) foram descobertas por outros povos e não pelos portugueses, e olhem que é um português que o afirma!
O medo, o medo não está só nos fracos e ninguém pode dizer que nunca o sentiu. O conceito de medo está ligado à curiosidade e à aventura. O medo aparece principalmente como meio de defesa contra o desconhecido, desconhecido esse que não é necessariamente mau. O pior dos medos, é o medo do desconhecido e está muito presente nas pessoas mais fracas de espírito. Porquê? Porque não têm a coragem de tomar atitudes de força. Preferem ficar sentados de braços cruzados à espera que alguém ou algo lhes mostre o “Novo Mundo”.
Sentir medo põe-nos alerta, torna-nos prudentes e não nos impede de nada! Portugal está cheio de “mariquinhas”, e é por isso que está como está, porque todos se preocupam confortavelmente com o seu umbigo. Têm medo do que não conhecem e têm preguiça do conhecer. A história repete-se em todo o lado. Os erros do passado não deviam ajudar a melhorar a nossa atitude? Olhando para o passado não conseguimos ultrapassar as adversidades da actualidade? Eu acho que sim. Preguiça, é esse o problema de todos, até o meu. Preguiça e medo de conhecer o “novo”, o diferente e o possivelmente melhor. O que nos poderá salvar é este “novo”, a novidade, que será forçosamente ágil, forte, destemido, seguro, inteligente e engenhoso. O “novo” tem sempre algo a mais que o “velho”, tem mais, mas atenção porque nem tudo pode ser melhor, é ai que entra o engenho. O “novo” não deixa de ser algo positivo e progressista, uma vez que é destemido. Não tem medo de fazer, de experimentar ou arriscar, não tem medo de errar.
Concluindo, é o “novo” que define o futuro, o povo do futuro, aquele que é destemido e corajoso sem medo de ser diferente. Tem sede de sucesso, sede de conhecimento, e motivação para criar. Não sou eu nem tu que vamos mudar Portugal, mas sim todos nós. Tudo o que disse tem fundamento, tem argumentos válidos. Como tal, chega de matar o tempo, temos de criar novos tempos. Não se pretende uma revolução ou anarquia mas apenas a consciencialização das massas.

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