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4 de dezembro de 2008

Aprendendo de Las Vegas

Como já se sabe, tive de ler outro livro para o exercício 5. O livro recomendado pelo professor Pedro Costa foi o Learning from Las Vegas de Robert Venturi.

Uma vez mais a escrita do autor é má, e ainda por cima tendo lido a versão espanhola ainda foi mais complicado perceber o sentido de algumas frases. Tirando isso, até porque isso é pouco ou nada relevante, gostei mais de ler este livro. Gostei porque faz um estudo, bem ou mal isso já não posso dizer, do traço urbano de Las Vegas. É muito interessante uma vez que não existe mais nenhuma Las Vegas no mundo senão a própria. É por isso que se deveria perguntar, porque Las Vegas? Só se for para enaltecer o papel da publicidade e da influência Pop na arquitectura. Em todo o caso, principalmente a primeira parte e o inicio da segunda do estudo feito em Las Vegas é deveras impressionante. Fala-nos de aspectos ignorados pelos arquitectos e também pelos não arquitectos. Só por isso é que recomendo a sua leitura, mas só como um pequeno apontamento ou uma curiosidade, até porque (ainda) não sei a relevância que tal estudo pode ter na minha futura prática profissional.

Pela leitura, analisada à lupa, vejo que Robert Venturi se apoia em demasia em Le Corbusier. Apoia tanto as suas teorias como o acha um peão da industrialização, até mesmo Venturi está cheio de Contradição. Sinceramente, na minha opinião, Venturi não sabe o que é arquitectura, chegando ao cúmulo de achar a sua Guild House bonita. Isto revela falta de cultura arquitectónica, uma vez que nem sequer sabe o que é Belo. Está sempre a citar os suspeitos do costume e demora a falar na sua opinião pessoal. Uma vez mais, usa e abusa de exemplos de arquitectura clássica italiana e nem entende que a decoração escultórica nas grandes catedrais funciona como complemento à estrutura e ao todo do elemento arquitectónico. A decoração e a arquitectura não são separáveis nestes exemplos, ambas estão em sintonia para criar um todo Belo. A própria definição Pato contradiz-se, nem sempre é feliz quando a usa. Embora se diga que ele é o maior teórico de arquitectura, após o Vers une architecture de Le Corbusier, eu não o vejo como tal, até porque a sua arquitectura fala por si. Embora qualquer pessoa posso critica-la muitos poucos fazem-no bem e construtivamente.

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