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17 de dezembro de 2008

Projecto - desenhos finais (introdução)

Pois... o tempo já aperta e a verdade é que gostaria de ter mais tempo para explorar mais todo o desenho do meu projecto, a biblioteca e arquivo. Neste exercício tive bastantes ideias e penso que era capaz de fazer 3 projectos diferentes com essas ideias, mas só usei aquela que me pareceu melhor. O meu projecto aparece agarrado ao terreno e tenta ter a mesma linguagem que a Fundação Gulbenkian. É claro que não quero imitá-la, embora a Fundação seja um dos melhores projectos que já tive o prazer de visitar. Mas voltando ao inicio, o meu projecto tenta nascer do solo, aparece agarrado à encosta. Com duas entradas no eixo central que liga todos os pisos, o corpo em Y estende-se no terreno. Cada braço terá a sua massa própria uma vez que o programa se esconde no interior das paredes dos braços. Todo este corpo, este enorme objecto funciona em 4 pisos, 2 de depósitos, 1 de biblioteca e arquivo e o outro de administração, manutenção e lazer. Uns dos problemas que tenho tido são em relação aos corredores de serviço no piso da cave e a iluminação do programa na mesma. Ainda estou aberto a propostas, quer da minha tutora ou dos meus outros colegas. Gostaria que me criticassem o trabalho, sinto um pouco falta de críticas construtivas. Deixo aqui em pdf as minhas ideias nos vários pisos. Começando no piso de menor cota até ao mais alto.

1 comentário:

  1. Daniel,

    Uma vez que pediste, como tua tutora, uma “crítica” ao teu projecto, podendo tu considerá-la construtiva ou não, a minha critica ao teu trabalho prende-se com a leitura que fiz aos posts sobre o teu projecto, e sobre uma breve análise às plantas que disponibilizaste, embora sejam ilegíveis no que se refere ao texto sobre a função que cada sala tem para isso contribuindo também a ausência de mobiliário, e na própria ausência de outros elementos que permitissem perceber como o teu edifício se comporta na relação que estabelece com o terreno, fazendo este comentário apenas na base da suposição. Sendo a planta de menor cota a que me suscita mais dúvidas. Deste modo, as minhas dúvidas prendem-se com as seguintes questões:

    1- O teu projecto respeita alguma métrica ou malha estrutural?!
    Uma vez que tens o cuidado de ter paredes a coincidir com paredes, parecendo que estás “agarrado” a uma métrica, e posteriormente este conceito perde-se no que se refere aos topos das salas do piso de menor cota surgindo como uma espécie de “degraus”, será que não beneficiava se considerasses uma área média para todas as salas?! Ou será que é propositado?!

    2- Qual é a relevância ou a função da área criada pelo desenho das paredes curvas?! É meramente ocasional com vista a dar forma ao próprio edifício e romper com ela, ou têm alguma função inerente. Visto que nas plantas e uma vez que referes ser cave, não consigo perceber o porquê da sua existência, já que dão a entender que não são acessíveis, ou serão depósitos?!

    3- E no que lhe respeita, em que é que o teu projecto beneficia com a sua existência?!

    Uma vez que no post onde colocaste os desenhos do professor e alguns teus, eu fico com a ideia que essas áreas são pátios em torno dos quais se dispõem os gabinetes, aqui isso não se percebe. Se é que é essa a ideia!

    4- Se o teu conceito surge como uma massa própria na qual se esconde o programa da biblioteca e arquivo e demais funções, porque razão este conceito não é mantido na planta de menor cota?!

    5- Será que se mantivesses o mesmo tipo de desenho nos diferentes pisos, não terias resolvidas as questões que se prendem com a iluminação e organização interior da planta de menor cota?!
    Até aqui, na minha humilde opinião, se mantivesses a forma em Y, nesta planta, relativamente à organização das salas, penso que ajudar-te-ia a uma melhor organização espacial. uma vez que de momento não me parece nada coerente como os restantes pisos, apenas fortuita.

    6- No que diz respeito a circulações verticais, utilizas somente escadas?! Ou tens elevadores e/ou montacargas?!
    Já que cada vez mais tem que se ter atenção às questões de mobilidade dos utentes no interior dos edifícios. Ou tudo a favor da arquitectura e das vontades do arquitecto.

    Entendendo e considerando que te preocupaste com isso, sendo esta questão a menos pertinente, e talvez já em tom de brincadeira, porque nestas plantas só vejo escadas e rampas.

    Mas concerteza amanhã teremos oportunidade de discutir estas questões e outras, já que nas últimas aulas não se proporcionou essa discussão e informação, e serás tu que me irás esclarecer estas duvidas e dizer, se são válidas ou não, se são pertinentes ou não, uma vez que estas foram dúvidas que surgiram quando vi as plantas do teu projecto que como já havia referido são ilegíveis, e da última vez que falámos sobre o assunto, eu considero ter percebido o conceito do teu projecto, embora, na altura ainda não existissem plantas apenas esquissos e ideias. E claro, espero que não leves a mal este comentário porque nada mais é do que dúvidas que foram suscitadas!

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